Eis um post que eu gostaria de ter lido: dicas para viajar com criança! Lógico que eu joguei no Google e li muitos deles e tantos me ajudaram mesmo, mas queria ter lido um com aquela tradicional “dica amiga”, aquela blogueira que eu gosto compartilhando sua experiência de viajar com criança, um relato real e, fosse a primeira ou milésima vez, 1 mês ou 10 anos de idade… queria ter lido mais sobre.
Então chegou minha vez de compartilhar minha experiência e, se você gosta das minhas dicas, seja bem-vinda ao meu post com as famigeradas DICAS PARA VIAJAR COM CRIANÇA e minha experiência pessoal, obviamente!
A ESCOLHA DO LUGAR
Sim, eu pensei de primeira em levar a Maria Eduarda à Disney e ouvi duas versões que em zero me ajudaram rsrs! “ah ela não vai aproveitar nada, tem apenas 1 ano e meio” ou “vai sim, na Disney se aproveita com qualquer idade, tem atividade para todos e memória eterna”. Dado esses dois cenários totalmente opostos rsrs não me empolguei e pelo fato de não ser um Florida lover e também tem uns 15 anos que não vou pra Miami e não é um lugar que era minha cara, sabe? Sou mais uma NY girl rsrs.
Mas um fator que ainda estava me indicando pra Florida era um errado: eu achava que ao viajar com criança eu precisaria de cadeirinha pra carro, sabe? Então pensei, vamos alugar um carro e pronto, coisa que em Nova York (que eu queria muuuito ir) não faria sentido algum. E aí que entra o grande bordão das blogueiras “quem tem leitoras, tem tudo!”, numa conversa por dm com uma que era expert em viagem com criança, casualmente ela me contou que já tinha ido pra NY com seu bebê e me disse que NÃO era obrigatório criança com cadeirinha em carro, taxi ou uber e aí TUDO mudou pra mim! Juntei a minha vontade de levar minha filha pra minha cidade favorita do mundo e a possibilidade que antes me limitava.
NOVA YORK NÃO É UMA CIDADE PRA CRIANÇAS. ISSO É MENTIRA!
Como eu disse no post do Hotel: essa foi uma viagem pra mim, Thereza! Fui comemorar meu aniversário, fui desanuviar pós gravidez, pandemia e ainda aquele déjà vu gostoso de quem viveu tanta história boa por lá com o Rodrigo. Amamos NY, a vibe da cidade, os restaurantes, enfim, tudo. Dito isso, Maria Eduarda, honestamente, foi na função companhia. A menina tem 1 ano e meio e, em Nova York ou na Barra da Tijuca, se tiver comida e papai-e-mamãe ela tá felizona e assim foi.
Nós poderíamos até fazer uma viagem de lua-de-mel só nós dois e deixá-la com as avós? Poderíamos, mas pesamos, avaliamos e achamos mais confortável levá-la com a gente e apresentá-la ao mundo nessa idade de muitas descobertas e, ok, pouca memória! Outro fator importante é que amamento e eu até poderia correr o risco de ficar esses dias fora, mas quem disse que eu queria? Não queria e assim fomos os três.
Agora dizer que Nova York não é pra criança, acho um exagero! Pq se você analisar, acho que até Las Vegas tem algo kids friendly rsrs! NY então, a capital do mundo, mil museus (muitos infantis e outros ~sem idade alguma), experiências, lojas interativas, parquinhos e…. pô, o Central Park que você vai no zoológico ou anda de barco de um canto pra outro, é uma cidade suficientemente perfeita pras crianças ficarem entretidas e admiradas e pros pais curtirem também! Dito tudo isso, recomendo muito e só pesquisar a fundo que são mil roteiros que agradam crianças e adultos.
A COMPRA DA PASSAGEM É ALGO IMPORTANTE
Você sabia que criança de até 24 meses viaja de graça?? Mas também não leva rsrs Ok, explico! Até os 2 anos, que é considerado bebê de colo, as companhias aéreas ou cobram 10% da passagem ou não cobram nada e o bebê vai no colo. E foi aí que morou o perigo e minha ingenuidade! Quando soube, achei o máximo e vi mó vantagem “uaaau, viajando de grátis hein Duda kkk” corta pro kry. Não é tão vantajoso quanto se parece.
Nós fomos de American Airlines, cia aérea que sempre viajei e achava ok… bom, até ter filho. O atendimento é um grande descaso, confusão (separaram nossas reservas que quase perdemos o voo) e eles cobram os tais 10%. Até aí tudo bem, optamos por aqueles primeiros assentos especiais na economy, que você paga mais, reserva antes e tem alguns cms a mais de espaço. Mas no dia d e na hora h, avião lo-ta-do, essa criança de colo nada pacata e pequena vira um elefante num cubículo! É essa a sensação e mais a frente falo do voo em si.
Ainda no ponto passagem e roteiro: o Rio de Janeiro não tem mais o voo direto RIO-NY, agora ele é sazonal e isso me desanimou muito, pq eu já não gosto de conexão sozinha e imagina com criança, mas essa da AA é especialmente ruim! Nos embarcamos pelo Santos Dumont via Gol que já foi totalmente confuso e, ao chegar em Guarulhos, ao invés de fazer só a passagem entre terminais, tivemos que sair e fazer o checkin DE NOVO. Um total caos que não pudemos sentar pra descansar, trocar a fralda dela, ir ao free shop e muito menos salinha vip, foi tudo extremamente estressante e corrido. E na volta a MESMA coisa, temos que pegar a mala em SP, redespachar e CORRER, sério, literalmente correr.
Então, não sou daquelas de ficar reclamando, mas dessa experiência de viagem com bebê aprendi duas coisas: não aceitar essa “””cortesia””” de bebê de colo ~di grátis, se possível pague um assento normal pro bebê sentar e garantir o espaço. A não ser que o bebê seja muito pequenininho (não vou dizer nem “calminho”) e não se mexa muito, mas tirando isso, passou de 1 ano acho que já se mexe mais e cansa mais também. Analise custo x benefício x exaustão.
Outro ponto que vou rever e evitar ao máximo: conexões e paradas. É cansativa e cheia de riscos, um corre corre que, a não ser que seja impossível de evitar, não correrei mais esse risco! Pq escalas curtas são corridas e as demoradas são cansativas, então se puder recomendar algo, é que se compre passagem extra e que não tenha escala. Ah, e voo noturno sempre!
O AVIÃO: MEDO x 2?
Eu cresci uma pessoa com medo de avião e achava que viajar com criança seria um medo x 1000 e sim, é medo x 1000, mas por outro lado, sabe aquela tensão da decolagem? Eu zero tive pq eu tava tão preocupada com ela e seus remelexos e com meu peito pra fora, que nem me toquei com aquele trambolho batendo asa, dito isso, afirmo com convicção: foi a parte mais perrengue da viagem.
As 3 cadeiras preenchidas, o estranho grudado na janela, Rodrigo imprensado no meio e Duda e eu na ponta fazendo malabarismo quase que literalmente pra ela se manter nesse metro quadrado.
O voo em si pra ela foi super tranquilo, sem incômodo no ouvido, também pudera né, a gatinha mamou quase que a noite toda, não dormiu direeeto (pq isso ela não faz nem no Br #sofro) por justamente não achar posição, mas pra ela foi no geral tranquilo. Ela pouco chorou, só quando despertava e não sabia onde tava, mas ficou de boa e especialmente curiosa com o ambiente diferente, ela ficou tipo fascinada.
Agora pra mamãe e pro papai foi extremamente cansativo pq com a criança no colo não dá pra abrir a bandeja, logo, não deu muito pra comer na hora certa, ficou tudo bagunçado e os comissários da AA dão ZERO ZERO ZERO suporte. Sério, eu perguntei se eles podiam recolher minha bandeja antes pra eu me ajeitar e eles falaram que eu teria que esperar como todo mundo. Sem contar a papinha da Nestlé que eles dão pro bebê e olhe lá.
Agora uma obs para as mães que amamentam. Confesso que nunca fui muito de amamentar na rua, muito pelo fator pandemia de ficar mais em casa no 1o ano então não tinha as manhas. Achava que um sutiã de amamentação ajudaria a me “resguardar”, mas que nada, pra mim ele é inútil. Então confesso que na ida fiquei um pouco desconfortável, mas na volta estrategicamente fui com uma blusa fininha por baixo e uma t-shirt por cima então foi mais facil de me “proteger” e ficar mais confortável, até pq depois eu peguei uma ponte aérea 9 da manhã, ou seja, a luz do dia e do agito.
ENTRETENIMENTO DE BORDO
Uma das maiores dúvidas de mãe é como entreter o bebê e evitar o choro dele e incômodo de geral. Essa parte em si posso dizer que foi muito tranquila pq o bebê dá seus jeitos. De antemão eu levei um “kit de entretenimento” que consistia numa necessaire com uns brinquedinhos dela, novidades, livrinhos, mas posso dizer? Nem abri. única coisa que deixei no bolsão de baixo foi um caderninho de adesivos super básico e que ajudou muito no entretenimento dela sair colando as coisas (não no avião hein rsrs).
Mas no geral mesmo, o que distraiu ela foi aquele telefone que fica acoplado na frente, passei um lencinho e foi a viagem toda com ele perto. Outra coisa que recorremos obviamente foi à tela individual. Não é algo que ela usa em casa, mas nessas situações acabam auxiliando e ela viu o entretenimento infantil de bordo um pouco e adorou mexer no mapa virtual.
Então acho que a preocupação mesmo desse choro de incomodar geral é bem de 1a viagem e logo passa. Tem entretenimento, tem tv estratégica, tem peito pra quem é do peito, mamadeira pra quem é mamadeira ou snackzinhos que ajudam a distrair, essa parte é tranquila e se o bebê dormir melhor ainda!
ALIMENTAÇÃO DA CRIANÇA
Outro ponto importante e que sei que gera apreensão entre pais e comigo não foi diferente! Vale dizer que Duda tem 1a6m, come bem, tem suas fases e predileções (tipo, ela não gosta de suco, nunca comeu papinha), com isso, comecei a pesquisar comidas saudáveis e práticas, já que não teria estrutura de cozinha. Planejei marcas, encomendei várias coisinhas pra entregar no hotel de uma marca que conheci no Whole foods e posso dizer? Não saiu conforme planejei e tá tudo bem!
Comprei umas comidinhas meio prontas pra ela, umas barrinhas tipo de cereal e ela não gostou muito. Única coisa que ela gostou foi de um biscoitinho de aveia e daqueles de arroz, de resto não pude contar muito com essa “comida infantil” e tá tudo bem! Ela tá acostumada a sair com a gente e comer o que a gente come, desde que não seja comida crua ou doce, então não tivemos problemas com isso!
Nova York é cheio de bodegas e barraquinhas a cada esquinha que vendem frutinhas, mercadinhos com muitas marcas e o aclamadíssimo Whole Foods com mil opções! Sabe um lugar que super nos ajudou? O Starbucks, com ovinhos prontos, mexidos e mil opções que deixávamos por perto.
A alimentação dela foi impecável? Claro que não, sem rotina ou critério, desde que não comesse doce, ela se divertiu, provou coisas novas, bagunçou tudo e quando chegou em casa logo se ajustou e vida que segue! Portanto, não crie expectativas e cardápios, se desapegue da rotina e relaxe! Compareça com o básico, divida da sua comida mesmo e sempre tenha por perto o SOS que tudo vai sair bem!
A VIAGEM COMO UM TODO
Nossa viagem fomos nós 3 e ponto, sem ajuda, sem babá e sem nada. Confesso que era uma apreensão nossa especialmente nos jantares e os restaurantes mais ~badalados que sempre fomos. Lógico que tivemos que ajustar algumas coisas (não fomos em rests mais românticos ou tipo balada e comemos mais cedo), mas no geral o nova iorquino é super cordial com criança, os restaurantes são acessíveis (mas não espere cadeira alta ou kids menu, mas também nem sentimos falta disso) e foi totalmente tranquilo aliar nossa rotina gastronômica com ela.
De toda a viagem, por exemplo, nos almoços a Duda estava sempre dormindo o que foi ÓTIMO pra gente! Ajustamos a rotina pra ela sempre dormir por volta das 13h e justamente a hora do almoço e ela chegava chapada e a gente se aboletava logopra comer. Essa menina não faz ideia de quanto restaurante legal ela foi rsrs.
E nos jantares, curiosamente, já não tivemos tanta sorte, mas ela não chorou ou chiou em nenhum e sabe como? Comida! Uma cesta de pão do lado e ela já ficava entretida e depois comia a mesma coisa com a gente e até água com gás bebeu e amou! Então com jogo de cintura, tudo dá certo! Minha única ressalva é sempre pegar uma mesa pra 3 mesmo, pq a de 2 e encaixando o carrinho é um perigo para a sociedade pq ela vê uma toalha e já quer puxar rsrs
Mas no geral foi nossa maior apreensão e MAIOR alívio, sério, fomos em todos os restaurantes que quisemos e ela lá de boaça curtindo com a gente comendo seu pão e água e colando seus adesivinhos. Aqui tem uma lista dos que fomos, pontuei os kids friendly, mas acredite, só ter bom senso e a criança não é nada diferente do adulto e os pais merecem comer bem também!
Amei, The!!! Acabamos de chegar de viagem com nosso pequeno, que tinha 1 ano e 9 meses na época. Andamos por Portugal e Espanha. Uma aventura cansativa e deliciosa!
Não deixar de escrever tuas experiências aqui. Amo tua escrita e ainda me identifico com a maternidade real.