Moda  •  20 set 2023

Oya Care e a descoberta da fertilidade!

Viver a fertilidade nessa era digital é revolucionário!

A internet nos permite acesso à informação de forma democrática, temos oportunidade de nos comunicar com uma comunidade online de gente compartilhando as mesmas questões e podemos até nos consultar com profissionais de saúde que vão nos auxiliar sobre qualquer pauta, a qualquer momento.

Vocês sabem que minha jornada para engravidar após os 35 anos, mais precisamente aos 38 anos, foi difícil, um pouco solitária, mas transformadora. Me sinto outra e no dever de compartilhar minha história com mais pessoas. E quando eu digo que é bom demais viver na era digital, é pelo fato de que de alguns anos pra cá tem surgido Femtechs – empresas que usam da tecnologia para melhorar a vida de mulheres  – que focam na nossa saúde, bem-estar e numa maior atenção à nossa fertilidade. Não é sobre urgência em engravidar, mas sim na autonomia em ter uma decisão mais acertada e confortável. 

Assim surgiu a Oya Care, uma Cliníca de Ginecologia e Fertilidade, online e presencial, que joga luz e facilita a vida no que diz respeito a nossa descoberta da fertilidade, ressignificando nosso cuidado, com o apoio da tecnologia. O foco da Oya é justamente para que tenhamos mais autonomia sobre nossa própria fertilidade. Entender nossa fertilidade agora, para ter mais tempo depois e tomar decisões de maneira mais consciente, com menos ansiedade.

Oya Care

Oya Care – Foto de Nathalie Artaxo

E fico feliz que eles me chamaram pra contar a história deles no Instagram e também aqui no site! Pra aproveitar a pauta e conteúdo riquíssimo – e bem especializado, convidei a Ste Von Staa, founder e CEO da Oya Care para falar mais sobre o tema!

 

Para conhecer mais sobre a Oya e viver essa experiência em primeira mão, utilize o cupom FASHIONISMO para ter um desconto especial na sua Descoberta da Fertilidade direto no site da Oya!

 

Como surgiu a ideia de criar a Oya Care?

A Oya nasceu com essa missão de pensar a saúde para potencializar a autonomia das pessoas do sexo feminino. Aprendi desde cedo que manter corpo e mente saudáveis é o primeiro passo para ter força, leveza, prazer e independência. Mas não é nada fácil. Como mulher cis, encontrei infinitas dúvidas, questões e emoções em relação ao meu corpo e à minha saúde que não entendia, que eram recebidas com recomendações com as quais eu não me identificava. E a verdade é que não sou a única.

Isso porque as respostas e soluções disponíveis não foram feitas, pensadas, ou atualizadas para atender pessoas do sexo feminino. Historicamente a medicina não foi pensada para os nossos corpos. Além disso, os serviços não costumam estar disponíveis de forma rápida, com agendamento fácil, e não oferecem cuidado e acolhimento para diferentes pessoas e contextos.

É por essas e outras que criei a Oya Care: para colocar a minha saúde e a de todas as mulheres no lugar certo: na nossa mão, para responder a questões essenciais do cuidado com a saúde feminina, tendo medicina e tecnologia como aliadas.

Fale um pouco mais sobre a “Descoberta da Fertilidade” e de onde surgiu essa demanda e entendimento de que a mulher precisa focar mais na autonomia da sua fertilidade?

Quando comecei a pensar sobre o que seria a Oya, eu tinha acabado de deixar um emprego no mercado financeiro que me dividia entre Nova York e Londres. Eu estava com 29 anos e queria ter filhos um dia, mas não naquele momento. Foi aí que comecei a pesquisar sobre saúde reprodutiva feminina e descobri que, assim como eu naquela época, as mulheres brasileiras estão adiando cada vez mais a maternidade. Os dados mais atualizados que temos sobre o assunto são de uma pesquisa do IBGE de 2021 que revela que as mães com mais de 30 anos já são 37% no país. 20 anos atrás, essa porcentagem era de 24%. 

Juntando os dados da população do país com a minha realidade, decidi começar a Oya Care. Num levantamento próprio descobri que mais de 70% das mulheres cis tinham dúvidas sobre a própria fertilidade, mas menos de 10% já tinham feito algum exame relacionado a ela. Lá fora, no entanto, essa consciência já estava um pouquinho mais avançada e várias healthtechs e femtechs já ofereciam a possibilidade de monitorar preventivamente a fertilidade feminina através da reserva ovariana.

Quando percebi o potencial que existia no monitoramento preventivo de fertilidade, que me permitiu viver mais uns anos sem aquela ansiedade em relação ao relógio biológico, com a chance de traçar um plano concreto para o meu futuro reprodutivo, eu só queria que todas as minhas amigas pudessem viver isso também. Foi assim que nasceu a Descoberta da Fertilidade, o primeiro serviço da Oya. Ele usa a dosagem do hormônio antimülleriano, que hoje é o melhor indicador quantitativo de reserva ovariana (nosso “estoque de óvulos”), aliado a uma consulta com especialistas em fertilidade feminina, que vai pegar seu histórico de saúde e dados de estilo de vida, para fazer uma análise qualitativa. 

Com essas informações é possível saber até quando é seguro planejar uma gravidez natural, o melhor momento para congelar óvulos e outras informações que dão muito mais tranquilidade e autonomia para pensarmos nosso futuro reprodutivo. Todo mundo tem internalizada a informação de que a fertilidade feminina cai a partir dos 35 anos, mas esse valor é uma média populacional. Na prática, cada corpo é único e acredito que é fundamental nos basearmos em dados do nosso corpo para tomar uma decisão tão importante.

Quando passei pela “Descoberta da Fertilidade”, notei pontos muito, como: a discrição do serviço, a desburocratização do atendimento (uma parte chata que às vezes a gente deixa de lado), mas principalmente o acolhimento da médica em ler o resultado do meu exame e tirar minhas dúvidas. Como vocês enxergam essa humanização no trato paciente x médico que costuma ser eventualmente mais frio e impessoal?

Fico feliz em saber disso, porque a questão do acolhimento também é algo que sempre coloquei como prioridade. Nossa lema absoluto é “oyanas em primeiro lugar”.

Falamos que conhecimento é poder, mas é preciso lembrar que só temos informação de qualidade quando ela parte de interações acolhedoras, descomplicadas e numa relação médico-paciente isso é ainda mais importante. Inclusive, é por isso que as pessoas atendidas pela Oya Care são chamadas carinhosamente de oyanas: nem pacientes, nem clientes, mas seres humanos com história, afeto, dimensões que são levadas em conta em todas as nossas consultas.

Para levar esse ideal para a prática, ao longo do tempo desenvolvemos um treinamento para nossa equipe médica que leva em conta não só o conhecimento técnico, mas também as habilidades de empatia, escuta ativa, inclusão e diversidade. Esse aperfeiçoamento é contínuo e abrange não só nossas médicas, mas toda a equipe de cuidados. Isso, claro, sem deixar de lado o embasamento científico e as melhores práticas médicas.

O quão importante é a saúde mental na jornada da fertilidade feminina e como a Oya lida com isso? A ideia do atendimento 360o busca também um eventual encaminhamento para outros serviços médicos para além da ginecologia?

Fundamental. Quando falamos de fertilidade, é impossível não olhar para a saúde mental, já que esse é um aspecto da nossa vida que toca muitas outras questões, como a ideia de feminilidade, o peso social da maternidade, as expectativas tanto internas quanto externas. Não costumamos falar abertamente sobre essas questões, então é normal que o tema ainda seja cercado de medo, vergonha, mitos. 

Nós começamos com os serviços de fertilidade online e com conteúdo nas mídias sociais, porque queríamos, primeiro, propagar conhecimento e, em paralelo, o cuidado de forma mais abrangente. Acredito que informação e acolhimento são fundamentais para lidar com essas tensões num primeiro momento. Não temos um serviço específico focado em saúde mental, como terapias, etc, mas todas as oyanas recebem o suporte da nossa equipe de cuidados, que é formada por uma equipe multidisciplinar formada por psicólogas, biomédicas e enfermeiras para acolher as oyanas desde o primeiro contato, antes da consulta, até o pós-atendimento.

Além disso, meu objetivo sempre foi que a Oya seja um ponto de referência para cuidar da saúde das pessoas do sexo feminino. Partimos da ginecologia, mas sempre com olhar 360º, com uma abordagem integral. Quando a oyana precisa de outros especialistas nós fazemos o encaminhamento e também servimos de suporte para que ela possa ter uma referência, sabendo que na Oya Care ela vai encontrar profissionais alinhados com seus propósitos, que vão recebê-la de maneira gentil, acolhedora e inclusiva.

Muitas empresas como a Oya Care, lideradas por mulheres, estão ajudando a preencher a lacuna de cuidados com a saúde, incorporando a perspectiva feminina em seus serviços, mas também  em estudos  e estatísticas. Como você enxerga essa transformação para os próximos 5 anos? Será possível imaginar uma maior equidade de informação e estudos em algo tão importante quanto a fertilidade feminina?

Acredito que já podemos ver de maneira bem palpável o impacto do boom das femtechs no mercado. Cerca de 10 anos atrás, por exemplo, não tínhamos tantos produtos de higiene menstrual disponíveis na estante da farmácia e nem falávamos do tema com a naturalidade que falamos hoje. O mesmo vale para a área do bem estar sexual. Há pouquíssimo tempo atrás era impensável falar sobre sex toys, lubrificantes, orgasmo, etc como falamos hoje, nem tínhamos tanta variedade de produtos e soluções pensados nas necessidades e experiências de pessoas do sexo feminino. 

Nessa mesma linha, a fertilidade tem tudo pra se tornar um grande tema. A geração millennial está sendo a primeira a viver esse movimento de adiar a maternidade e até mesmo questionar de forma mais aberta e ampla a maternidade e está se deparando com os desafios que vêm com isso. O mesmo vale para a menopausa, pela primeira vez estamos encarando esse tema com um novo olhar, tendo mais recursos e abertura para viver essa fase de uma forma diferente que nossas mães e avós viveram. 

Não tenho dúvidas que vamos ver cada vez mais o surgimento de novas soluções para atender às demandas desse público, espero que a Oya Care faça parte da construção dessa nova história, mas não sou ingênua e também sei que mudanças estruturais – e quando falamos nesse tipo de igualdade, estamos falando de uma mudança estrutural em como se vê e como se faz ciência – demandam tempo. Foram séculos para chegar até aqui e não podemos ignorar isso. Mas estamos no caminho certo.

O mercado de fertilidade feminina projeta faturar US$41 bilhões até 2026. Alguma expectativa sobre quais serão os novos serviços que devem surgir para facilitar a vida da mulher no quesito fertilidade? A ideia da Oya é trazer mais serviços e até mesmo produtos focado nesse universo?

Acho que o céu é o limite quando falamos nas técnicas de reprodução assistida e acredito que vamos ver algumas quebras de paradigma nessa área nos próximos anos. Minha grande expectativa está mesmo no aprimoramento das soluções que já temos, como é o caso da fertilização in vitro e do congelamento de óvulos, principalmente no sentido do surgimento de novas técnicas que sejam menos invasivas, combinado com disseminação de uma visão preventiva sobre fertilidade. Também acredito no desenvolvimento de meios que tornem essas tecnologias mais acessíveis para cada vez mais pessoas. A autonomia reprodutiva não deveria ser um privilégio para poucas e sim algo possível na realidade de todas. 

Também gostaria que ampliássemos o olhar para esse tema, entendendo que a busca por ferramentas para adiar a maternidade não deveria ser o único caminho possível para que as mulheres tenham mais autonomia. Essa urgência existe hoje porque ainda precisamos escolher entre carreira e maternidade, mas não deveria ser a única forma de olhar para a questão. Vivemos em um mundo cheio de processos, rituais, burocracias e normas que não foram desenvolvidas levando em conta a experiência das pessoas do sexo feminino, com um corpo que menstrua, gesta, amamenta, dá a luz e cuida da família. Acho que muitas mulheres optariam por ser mães mais cedo se fosse possível acomodar a maternidade sem precisar abrir mão do desenvolvimento em outras áreas da vida ou ter o seu futuro prejudicado.

Em relação à Oya, os planos são seguir ouvindo as demandas das oyanas para desenhar novas soluções. Todos os nossos serviços nasceram de necessidades de pessoas reais, para tornar a jornada de saúde do nosso público ainda mais completa, e queremos continuar nessa toada.

A reprodução assistida ainda é uma pauta que gera dúvidas, especialmente no aspecto financeiro. Como a Oya trata o assunto e assiste mulheres interessadas nessa opção? Há uma idade ideal ou limite para congelar óvulos?

Não existe idade ideal ou idade limite para congelar óvulos, cada corpo é único e essa é uma decisão que não depende apenas da nossa biologia, mas é afetada por contexto de vida, desejos e uma série de outros fatores. Por mais que a idade afete a quantidade e qualidade dos óvulos, acreditamos muito que cada pessoa deve ser avaliada individualmente, para decidir de acordo com dados do próprio corpo. A Descoberta da Fertilidade, aliás, é uma das formas de ampliar o acesso a informações de fertilidade para a população, já que tem um custo bem mais baixo se comparado a um procedimento como o congelamento, além de oferecer uma consulta com ginecologista especialista em reprodução humana por um valor abaixo do mercado.

Com relação aos procedimentos, desde o início nos dedicamos a encontrar soluções para facilitar a questão do pagamento. Um dos nossos diferenciais é ter um pacote de serviços transparente, em que a oyana sabe desde o início exatamente quanto vai pagar pelo procedimento, algo que nem sempre é muito claro quando entramos nesse universo, já que são muitos processos e etapas envolvidas.

Além disso, oferecemos a possibilidade de parcelamento em até 12x sem juros no cartão, e a modalidade de pagamento recorrente (sujeito a aprovação de crédito), ou seja, o valor total não vai afetar o limite daquela pessoa, apenas o valor de cada parcela será considerado. Também é possível pagar parte do procedimento à vista, como uma entrada, e parcelar o restante. Por fim, temos um programa de indicação, em que quem indica novas oyanas para as nossas consultas presenciais ganha desconto na taxa de manutenção de óvulos congelados e um cupom especial para compartilhar com pessoas da sua rede.

A geração millennial, que 1o revolucionou o meio digital como entendemos hoje, começa a encarar a meia idade, logo, essas mulheres entrarão na menopausa. Nos EUA, estima-se que apenas 7% das mulheres dão a devida atenção – e recebem os devidos cuidados – à essa questão. Como essa nova geração vem lidando com essas mudanças e como encarar uma transformação, antes tão assustadora, de forma mais empática e com cuidados específicos?

Assim como acontece com a fertilidade, a menopausa também começa a ser desmistificada quando temos mais informação sobre ele. A informação ajuda a romper estigmas e também permite que as pessoas que estão passando por essa fase possam buscar ajuda de maneira mais assertiva, sabendo de cara o que esperar, quais são suas possibilidades. Além disso, principalmente graças às mídias sociais, hoje temos muito mais representatividade de mulheres na menopausa. Isso ajuda a ampliar nosso imaginário sobre essa fase da vida, cria novas referências e ter a possibilidade de conhecer novas histórias, novos olhares traz muita inspiração e acolhimento.

Com relação aos cuidados, temos uma equipe médica preparada para lidar com pessoas passando por essa fase sempre com muito acolhimento e, principalmente, escuta. Sabemos como é importante ouvir as histórias das oyanas, levar a sério o que elas estão compartilhando e agir a partir do entendimento de que elas são as protagonistas da própria saúde, as médicas estão ali para orientar e dar suporte. Na Descoberta da Fertilidade é possível olhar para esse tema de maneira preventiva e nosso check-up ginecológico também oferece suporte mais amplo para quem está vivendo a menopausa e precisa de acompanhamento mais próximo e integrado. 

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