Chuck Bass, Gossip Girl, tv  •  24 maio 2015

A VITÓRIA DE KELLY RUTHERFORD

Todos conhecemos Kelly Rutherford, a atriz que interpretou  Lily van der Woodsen em Gossip Girl, mãe de Serena, Eric e um outro figurante que não lembro o nome e mulher de Rufus, Bart e William (não necessariamente nessa mesma ordem nem concomitantemente). Na vida real, Kelly tem uma história de vida que daria não um seriado teen, mas um filme surreal de como a justiça pode ser questionável.

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Em 2006, Kelly se casou com o empresário alemão, Daniel Giersch, dessa união nasceram Hermès e Helena. Grávida de 3 meses de Helena, Kelly se divorciou, logo, começou a batalha entre os dois… pelos dois filhos.

Enquanto Daniel dizia não conseguir ter contato com as crianças (ele revelou que soube da notícia do nascimento da filha pela mídia), Kelly – no auge de Gossip Girl – entrava com pedido de medida cautelar de afastamento, visto que se sentia ameaçada pelo ex-marido. Em 2010, chegou-se a um acordo pela divisão da guarda dos dois filhos.

Bom, esse cenário acontece muitas vezes com famosos e anônimos, mas o desdobramento dessa história foi surreal.

Em 2012, a empresa de Daniel foi acusada de fraude e atividades ilegais, logo, ele foi deportado e perdeu seu visto americano. Como a guarda era compartilhada, a justiça americana decidiu que as 2 crianças deveriam morar com o pai em Mônaco e Kelly poderia visitá-las a cada semana. Resumindo, já que o pai não poderia mais entrar nos EUA e a guarda era 50/50, a solução encontrada foi essa e que deixou Kelly surpresa e arrasada.

Com  isso, a atriz começou uma longa batalha pra mudar essa decisão e ao mesmo tempo visitar os filhos frequentemente em Mônaco. Segundo ela, foram gastos U$1.5mi entre advogados e passagens para o Principado, resultando num pedido de falência, uma vez que todos os seus ganhos (especialmente com GG) foram gastos com tais despesas.

Nos últimos 3 anos de luta, Kelly teve o apoio de muita gente famosa, de Ed Westwick a Kim Kardashian, muitos se comoveram com a causa e assinaram – e divulgaram – a petição para chegar até Obama para que ele ajudasse no caso.

Eis que nessa sexta-feira, a boa notícia, um juiz da California definiu que Kelly agora teria a guarda unilateral de seus filhos, ou seja, eles precisam voltar imediatamente para os EUA para viver com a mãe em seu país de origem! A notícia dá uma esperança à batalha de Kelly, porém nos próximos dias há expectativa da corte de Mônaco  acatar a decisão americana ou não, dando a oportunidade do pai recorrer de tal decisão.

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Nesses 7 anos de brigas, dizem que a história é cheia de nuances e versões (uns falam que foi a própria Kelly que denunciou – injustamente – o marido, sem nunca imaginar o desdobramento), mas como sei que vocês gostam tanto de Gossip Girl, cá estou pra compartilhar o assunto! Apesar do seriado ter acabado há 2 anos e meio, vida que segue e a da Kelly Rutherford é exemplo de força. Espero que ela consiga de fato essa guarda definitiva e com o tempo os dois cheguem a um acordo para que Hermès e Helena tenham uma vida tranquila.

Desculpe se errei – por razões óbvias rsss – algum termo jurídico, mas achei a história surpreendente! Vocês estavam por dentro e o que acharam das decisões dos dois juízes?

 

 

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12 comentários em "A VITÓRIA DE KELLY RUTHERFORD"
  1. Mayara
    24 maio 2015 // 18h03

    É complicado ter guarda compartilhada quando o pai não pode pisar nos Estados Unidos. Mas daí a determinar que as crianças morem com ele foi muito estranho. Na minha opinião (não de advogada, até porque essa não é minha área, mas de pessoa mesmo) o mais correto é a guarda unilateral com a mãe e a ida das crianças, a cada X tempo, para onde o pai mora. Fiquei super feliz em ver que ela conseguiu vencer essa batalha, mas acho que não vai ser o fim… daqui a pouco as crianças vão ter idade suficiente para serem ouvidas na corte e ai podem escolher de vez com quem querem morar…

  2. Renata
    24 maio 2015 // 18h10

    Adorei o post, acho que todo mundo conhece casais ou filhos desses casais que passaram por situações confusas de guarda e é super válido discutir o tema.

    Entendo que toda história tem dois lados e essa ideia de que a mãe tem a prioridade na guarda dos filhos é retrógrada e machista.

    Na minha opinião, a situação estava errada em deixar as crianças em Mônaco e impedir a mãe de ter convívio diário com os filhos, mas, a menos que haja algo contra o pai (no cargo de pai, especificamente), também é injusto tirar as crianças dele.

    A situação é super complicada, mas já vi casos de crianças que moravam 6 meses na casa de cada pai, ou mudavam a cada 2-3 anos. Nesse tipo de situação, não deve ser feito o que é melhor para o pai ou para e mãe, e sim para as crianças. Se ele for um bom pai, não concordo com a ideia de que o “justo” é que ela tenha a guarda definitiva das crianças.

    Só uma opinião! =*

  3. gabi
    24 maio 2015 // 18h25

    Realmente é bem complicado. Torço por ela e concordo com a decisão do juiz americano. Em especialmente se o pai estiver enfrentando problemas na justiça por crimes financeiros aí é que as crianças devem ficar com a mãe mesmo. Agora, se ela tiver sido a pessoa que denunciou o marido (#bluejasmine feelings) então não dá pra negar que foi ela mesma quem se colocou nessa situação.

  4. liana
    24 maio 2015 // 19h27

    Bom que você destacou as nuances e versões da história. É muito dificil se posicionar já que não temos acessos aos fatos. Do mesmo jeito que ele foi acusado de fraude, ele foi acusada de prejudicar o contato do pai com os filhos.
    Assim, em algumas das reportagens que li, o juiz decidiu pela guarda do pai porque Kelly não era solidária, por assim, dizer.

    Mas essa realmente é uma questão bem interessante tanto para direito de família, como para o proprio direito internacional.
    Kelly tem como um dos seus argumentos o fato de seus filhos serem americanos e morarem em um pais, Monaco, no qual nem o pai ou a mãe são nacionais, sendo seus filhos, por lá residirem, estarem sob as leis de la. Dificil e interessante

  5. Laura
    24 maio 2015 // 21h26

    Na verdade, a guarda ficou com o pai porque o juiz considerou que ela não cooperou com a justiça, o juiz tinha pedido várias vezes para ela registrar o nome do pai e ela não fez, então por isso que ficou com o pai em Mônaco (que comprava passagens + hospedagem pra ela).

    Enfim, não sei quem tá certo, mas que ela deu um tiro no próprio pé, deu…vamos ver como termina.

  6. Melissa Lima
    25 maio 2015 // 00h19

    The, o único termo jurídico equivocado foi a respeito do ‘pedido de falência’. Uma pessoa física não entra em falência, mas em insolvência civil.
    Adorei a reportagem…amo o blog de paixão! Leio há anos e comecei a ver GG justamente pelo tanto que você falava no blog. Entro TODO dia pra ver se tem algo novo hahaha
    beijos

    • CAMILA
      25 maio 2015 // 22h15

      Melissa, no Brasil não há falência de pessoa física, mas nos EUA a pessoa física pode pedir falência. =)

  7. Eleonora
    25 maio 2015 // 10h56

    Nesse fds assisti um programa sobre casais de países diferentes que se casaram e como a família de cada um deles encarou isso (a maioria achava que o estrangeiro só queria o green card americano). E fiquei refletindo sobre como uma coisa tão simples (gostei vou casar. casei.) quando envolve países diferentes fica TÃO complicada. E nesse caso que envolve filhos então, mais difícil ainda. Não torço nem pra mãe nem pro pai. Mas torço pra que essas crianças tenham uma vida ~tranquila~(em um país, em dois, seja como for).

  8. dai
    25 maio 2015 // 15h45

    Nessa história toda que sofre são as crianças, TRISTE.

  9. CAMILA
    25 maio 2015 // 22h13

    Oi The, vi em alguns sites essa luta dela pelos filhos. Enquanto advogada vejo uma decisão equivocada. Em uma situação dessas, no Brasil e, ao meu ver, ela dificilmente perderia a guarda. Digo isso porque o juiz analisa quem tem as melhores condições de criar os filhos, neste caso, os dois provavelmente tem boas condições. Mas tirar as crianças do país de origem e inseri-las em um novo contexto não me parece razoável, sobretudo longe da mãe e cabendo à mãe o encargo de se deslocar semanalmente para ver os filhos. Mas provavelmente o juiz entendeu que as crianças não deveriam perder o contato pelo pai por ele não poder voltar aos Eua. Enfim, é certo que a guarda unilateral, para um ou para outro, não é boa para as crianças, sobretudo, em razão da distância. O contato com um dos pais sempre restará prejudicado. É meu ponto de vista nisso.

  10. Isabella
    26 maio 2015 // 11h30

    Detalhe na Havaianas do garoto rs
    Espero que ela consiga realmente ganhara guarda definitiva das crianças…

  11. clara
    26 maio 2015 // 11h37

    The, adorei o post! Tenho sempre uma dúvida ela e o Mathew Settle não estão mais juntos , né? Pois de vez em quando os dois postam fotos de quando estavam mas vejo sempre ele com outra mulher e fico sem entender…