Moda, Pense  •  16 abr 2019

Plus Size Mania: 4 novas coleções imperdíveis e representativas!

Outro dia estava passeando com minha mãe pelo shopping, daí ela entrou numa loja e perguntou se tal vestido tinha versão gg, eis que, prontamente, a vendedora falou que não trabalhava com tal numeração. Eu, que até então estava fora dessa narrativa (sabia que a loja não era plus size friendly), não me aguentei de curiosidade jornalística e perguntei a razão pela qual não trabalhavam com uma grade maior. Eis que a vendedora, com um misto de orgulho e pouco caso, disse que não era o público da marca e reiterou que os números “maiores” (g) pouco saíam.

O meu sangue aqueceu a uma temperatura de 44º e tentei explicar que número grande não saía, porque tal marca nunca tentara se comunicar com tal público, uma vez tentasse, um mundo de possibilidade $e abriria. Falei, obviamente não adiantou nada, logo poupei meu latim e vi que estava falando com a pessoa errada. Portanto eu digo, Oh, Boy!: se o universo plus size não é de seu interesse espontâneo, que ao menos você reconheça o mercado, girl.

E estendo a conversa à muitas outras marcas brasileiras: lá fora não podemos nem mais chamar de exceção ou nicho, mas sim uma realidade mais comum, mas por que aqui não? Não sejamos atrasados nessa também.

Onde quero chegar com tudo isso? Bom, passado o desabafo, esse post é pra exaltar 4 marcas gringas que lançaram recentemente coleção plus size, olha quanta lindeza reunida!

Semana passada me deparei com as lindas fotos das blogueiras Katie Sturino (que já foi matéria aqui e tem o projeto #SuperSizeMe) e Blair Eadie, juntas na campanha da nova linha Plus Size da Loft que mostra que tamanho não é problema algum e vai ter look do dia sim, pra quem quiser qualquer tamanho sim.

Daí 3 outras marcas lançaram suas coleções mais democráticas e mostram que esse movimento é mais real que exceção e, honestamente, é uma vergonha a maioria das marcas brasileiras ao menos nem tentarem.  Tão difícil ver um 44 ou GG, quem dirá uma linha verdadeiramente inclusiva, na realidade, o ideal mesmo nem é separar coleção x ou y, mas que uma marca tenha uma grade completa, inclusiva e soberana.

ANTHROPOLOGIE

 

 

Se uma das principais marcas de moda do país lança sua linha plus size, é bom geral ir atrás. A Anthropologie recrutou Candice Huffine e Paloma Eissner para a campanha de sua nova coleção e fiquei simplesmente apaixonada pelos looks, deu até uma vontade de sentir todo o verão novamente (mas já passou).

A nova linha da Anthropologie vai de 16 a 26, com mais de 120 peças e à venda tanto no e-commerce, como lojas selecionadas.

VIOLETA BY MANGO

Uma das pioneiras no segmento plus size, a Mango tem sua Violeta by Mango desde 2013 e a nova coleção está belíssima! A marca contratou Paloma Eissler para a campanha e o resultado são roupas que fogem do estereótipo, são coloridas, sexies e cheias de estilo.

REFORMATION

Se encontrar roupa pode ser uma tarefa árdua, imagina um jeans! Pois bem, a Reformation, uma das marcas de jeans mais descoladas agora também tem versão plus size e uma grade mais democrática. Além dela, vale lembrar que a Good American da Khloé Kardashian já surgiu com essa pegada inclusiva e jeans para todos os tamanhos.

Se a gente pensar 5 anos atrás, era raríssimo uma marca investir em diversidade, daí espero que daqui uns 5 anos a exceção seja não pensar plus size!

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15 comentários em "Plus Size Mania: 4 novas coleções imperdíveis e representativas!"
  1. IZABEL
    16 abr 2019 // 12h42

    Sim sim com a mentalidade de uma parte da classe média e média alta no Brasil é muito comum o próprio público não querer comprar suas roupas em loja que numeração GG ou +.
    É LAMENTÁVEL

    • Gabriela Santos
      26 abr 2019 // 12h24

      ZABEL, no Brasil, todas as classes sociais estão contaminadas por certos preconceitos. O ser humano, em sua essência, não difere tanto assim um do outro. Eu sou humilde, não frequento ambientes abastados e canso de ver mulheres pobres dizerem que “vão fechar a boca” para manter a forma. A vaidade feminina pode ser um veneno a depender da maneira como as pessoas se entregam a ela, especialmente, as mulheres.

      A própria mulher, seja ela da classe média, da classe alta ou da classe baixa, tem que aprender a se valorizar e a pressionar a indústria e a mídia da moda a valorizá-la também. É, por isso, que atitudes como a de Thereza são importantes. Quanto mais questionamentos, cobranças e vontade de mudar, melhor para todas, afinal, eles tem os produtos e nós temos o dinheiro. O poder está do nosso lado ($).

      As lojas que vendem plus size, aqui, em Salvador, tem peças de fazer inveja em lojas como Oh, Boy ou quaisquer outras. Infelizmente, eu sou GG, mas não o suficiente para caber na forma das peças ofertadas, pois um vestido GG ficaria imenso em mim, segundo as vendedoras com as quais eu conversei.

      Bom, já é um começo.

  2. Stella Ravalhia
    16 abr 2019 // 12h43

    Meu sonho um look da Anthropologie!

  3. Monara Fabres
    16 abr 2019 // 13h29

    Lindíssimo de se ver!
    Reformation amo forte :heart:

  4. Barbara
    16 abr 2019 // 14h06

    Vale ressaltar (e exaltar) que a Anthropologie fez uma coleção com a nossa Raíza Costa maravilhosa!
    O nome da coleção é Raiza + Anthropology e acho que valeria um destaque! :kiss:

    • Barbara
      16 abr 2019 // 14h12

      Inclusive fica minha sugestão de um “Por aí” com a Raíza, ela tem um estilo muito pessoal e divertido! beijos

    • 16 abr 2019 // 15h08

      Nossa, não sabia, que demais!! Vou ficar mais de olho nela!
      bjs!

  5. Sah
    16 abr 2019 // 14h17

    Amo muito quando vc traz pautas como essa!

  6. Tata
    16 abr 2019 // 14h49

    RANÇO dessas marcas que não querem ter sua imagem associada às mulheres plus size. Como se o fato de ser plus size fosse impeditivo de ser estilosa e bonita.

  7. Mari
    17 abr 2019 // 00h41

    Só mulher linda

  8. LARA
    17 abr 2019 // 12h50

    Acho tudo maravilhoso e fico feliz com a evolução… infelizmente ainda acho que há uma certa imposição de corpo perfeito até na ideia do plus size, porque são gordinhas excepcionalíssimas que têm corpo violão, cintura definida e zero bucho. Bucho é uma coisa jamais aceita em qualquer situação. Mas é isso, só queria comentar porque isso me incomoda um pouco, não problematizar. Acho mesmo que toda evolução é um lucro e fico muito feliz com essa abertura no mercado.

    • LARA
      17 abr 2019 // 12h51

      Só esclarecendo que bucho é barriguinha! Não sei se é algo que só se fala aqui no nordeste hehe :)

  9. natalia
    18 abr 2019 // 09h17

    Acho que Oh Boy! tem muita vibe ’00. De certa forma tem mesmo estilo Vitoria’s Secrety de operar – e já sabemos que o desfecho dessa segunda não está sendo positivo…. Uma loja que mesmo que veste M fica com dificuldade de encontrar algumas peças é complicado….

  10. Mayara Cordeiro
    18 abr 2019 // 18h11

    Já salvei esses vestidos da Antropologie para levar em uma costureira amiga. Tá vendo marcas? não é difícil fazer roupa bonita e descolada para todos os tamanhos.

  11. Vitória Gonçalves
    02 maio 2019 // 20h59

    acho tão bacana quando as marcas pensam ESPECIALMENTE nas minas plus size, nas modelagens, nas estampas, nas peças uma a uma, não só reproduzindo maior o que já existe em tamanhos PP-P-M-G, sem pensar de verdade em corpos gordos. acho que aqui no Brasil, de forma “acessível”, temos a Ashua, ligada à Renner, se não me engano! As peças em geral são beeeem lindas!