Vinho  •  28 jul 2016

Qual é o seu estilo de vinho?

Qual é o tipo de vinho que mais lhe agrada? Um tinto encorpado? Um branco fresco? Um Rosé delicado? Talvez nem você mesmo saiba ao certo, e isso é muito comum. Pra definir preferências de vinho, é importante que você tenha experiências variadas, ou seja, que prove diferentes estilos para ver os que mais apetecem seu paladar. Pode parecer simples, mas não é, afinal, que tem disponibilidade de sair comprando vinhos a torto e a direita, errando e acertando, até encontrar o Santo Graal da bebida?

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Escolhas de vinhos que não estejam de acordo com o seu gosto em um determinado momento certamente trarão um um afastamento natural e até mesmo um sentimento de culpa, principalmente pelo fato de que no Brasil, vinho não é barato. Aí o que ocorre? Você acaba generalizando sem ao menos ter a idéia de que existe uma infinidade de estilos para todos os tipos de pessoas.

Já ouvi gente dizer que não gosta de vinho por diversos motivos, muito pesado, muito ácido, muito seco, doce, alcoólico e etc… Então, entendendo aquilo do que se gosta, fica mais fácil de acertar e com o tempo migrar o paladar para outros tipos, de forma natural. Posso dizer por mim mesmo, que vários vinhos que eu não gostava quando comecei, hoje são os meus prediletos.

Vamos tentar entender um pouco o paladar?

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Frescor e mineralidade: São vinhos delicados e que trazem uma certa refrescância. O frescor se dá em virtude de uma acidez mais acentuada, aquela sensação picante na lateral da língua que deixa a boca salivando, ótimo para quem curte sabores cítricos.

Vinhos minerais são aqueles que remetem à aromas que lembram maresia ou asfalto molhado. São bons para serem degustados como aperitivo e com alimentos mais leves. Se você gosta de vinhos brancos, a uva Sauvignon Blanc produz vinhos nesse estilo, como o Wave Series, já para os tintos, uma boa pedida são os Pinot Noirs. Os Vinhos Verdes de Portugal também, fazem bonito, super leves e delicados.

Frutados e Macios: Estilo muito popular, pois tem sabores de frutas maduras e paladar de textura sedosa. São vinhos mais redondos e que agradam muito que está iniciando. A uva Merlot, geralmente faz vinhos bem macios como no caso do Luis Felipe Edwards Gran Reserva Merlot, saboroso, com aromas de cereja e baunilha.

Para os brancos, procure por vinhos da uva Chardonnay, envelhecidos em madeira, como o Santa Helena. Como saber se vou gostar? Se você é fã de frutas vermelhas ou frutas amarelas em calda, esses vinhos são pra você.

Potentes e encorpado: Vinhos com mais estrutura, corpo e peso. Trazem uma sensação de suculência e o sabor das frutas frescas dá lugar à geléia e compota. Muitos Malbecs argentinos e Cabernets chilenos são bons representantes do estilo. Geralmente são vinhos com amadurecimento em madeira, que muitas vezes aparece de forma presente com aromas de cedro, tostado e chocolate.

Outra coisa pra reparar, são os taninos… mas que diabo é tanino? É uma substancia da casca da uva que dá aquela secura na boca, como se estivesse comendo banana verde, o que nossos pais chamavam de “rascante”. Entretanto, quando o vinho, por mais seco que seja, é bem equilibrado, apresenta taninos mais doces e agradáveis. Por isso, são perfeitos para harmonizar com pratos mais fortes, carnes vermelhas e queijos com mais gordura pra amaciar o aspecto seco.

Uma boa maneira saber se esse tipo de vinho casa bem com você, é fazer uma analogia com perfume. Você prefere fragrâncias mais florais e frescas ou amadeiradas e fortes? Se a segunda opção é a sua, você tem mais chances de se dar bem com esses vinhos. Que tal começar com um alentejano especial, o Paulo Laureano Vale da Torre Reserve?

Elegantes e Complexos: Uma categoria tradicionalmente destinada somente aos clássicos, como os grandes Bordeaux, Borgonha, Barolos, Brunellos e tantos outros caríssimos, porém, atualmente tem chegado ao Brasil belíssimos rótulos  elegantes, das mais variadas regiões, por preços acessíveis. E o que faz de um vinho elegante?

Mais camadas de aromas e sabores mais complexos, com mais informação. Flores, couro, tabaco, especiarias são algumas das características que podemos encontrar. Esses vinhos harmonizam bem com uma gastronomia mais elaborada. O francês Chateau Pesquié é um exemplo de vinho elegante, mas bem fácil de beber e de agradar, sem estourar o orçamento. Muito floral, com aromas francos de frutas silvestres e pimenta.

Docinhos: Se o seu paladar ainda não está no clima de vinhos secos, não tem problema, há muita coisa pra se experimentar além dos tradicionais vinhos suaves. Tem muita gente que adora vinhos de sobremesa ou vinhos do Porto, mas acho que eles tem um perfil mais digestivo, para acompanhar doces ou o final de um jantar.

Portanto, se você não abre mão daquela doçura, mas prefere um vinhozinho mais fácil pra bebericar, pode procurar pelas uvas Riesling ou Gewurztraminer. Alguns produtores da América do Sul elaboram bons vinhos desta casta, como o Adobe Gewurztraminer Reserva, leve, com notas de rosas e um sabor adocicado de lichia e maracujá.

degustar vinho

Espero que tenham gostado do post. Se tiverem alguma dúvida sobre estilo ou algum tipo de sabor que agrade ou não, é só deixar um comentário!

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20 comentários em "Qual é o seu estilo de vinho?"
  1. Ana Júlia
    28 jul 2016 // 17h14

    Sou um mix de Frescor e mineralidade FEAT Frutados e Macios <3

    • Rodrigo
      29 jul 2016 // 15h25

      Oi, Ana.
      Boa combinação!
      Abs.

  2. Mari
    28 jul 2016 // 18h09

    Adorei as dicas, acho que foi o texto mais elucidativo q vc postou aqui :)
    As dicas de vinhos bons tbm são ótimas, mas conseguir escolher o q tem disponivel pra comprar perto de casa de acordo com o gosto é o mais dificil pra mim. Aí eu ficava jogando o nome das uvas na busca do cel enquanto tava no mercado, tentando entender a descrição e vendo se batia com o meu gosto, e msm assim comprei bastante coisa errada, muito doce ou muito seca.
    Com essas categorias, acho q vou me virar melhor. ;)

    • Rodrigo
      29 jul 2016 // 15h27

      Oi, Mari.
      Fico feliz que tenha gostado. Realmente é meio complicado pra escolher vinho sem referências. Já comprei muita coisa errada também. Se tiver alguma dúvida sobre um rótulo, é só falar.
      Abs.

  3. Amara
    28 jul 2016 // 19h02

    Frescor e liberalidade + Potentes e encorpados. ❤

    • Amara
      28 jul 2016 // 19h03

      *mineralidade.

    • Rodrigo
      29 jul 2016 // 15h28

      Oi Amara.
      Esse tipo de combinação também me agrada.
      Abs.

  4. 28 jul 2016 // 20h10

    Eu adoro vinho e tô me encontrando aqui no seu blog, amando as dicas e amando aprender mais! Pelas descrições,acho que meu tipo é potente e encorpado, mas também gosto dos frutados e macios.
    Eu tenho o vinho como um habito diário, pode-se dizer, é um prazer chegar à noite e tomar a minha tacinha, um dos meus melhores momentos do dia. Concordo com você , a gente aprende bebendo! Eu, quando comecei, odiava vinho seco, qualquer um. Hoje é o único que eu consumo, simplesmente amo. Eu sou team tinto, mas adoro experimentar! Nessa brincadeira já me apaixonei por vinho verde, principalmente os brancos, e descobri muitos nacionais ótimos também! Adorei o post, vou salvar para futuras referências.
    Beijos! :kiss: :kiss:

    • Rodrigo
      29 jul 2016 // 15h31

      Oi, Mary.
      Muito legal. A maioria das pessoas não curte muito vinhos secos quando estão começando, mas com o tempo e provas, o paladar vai se acostumando.
      Abs!

  5. Carina
    28 jul 2016 // 20h33

    Adorei as dicas Rodrigo! Sou iniciante, mas os vinhos que mais gosto até o momento são os Frutados e Macios ;)

    • Rodrigo
      29 jul 2016 // 15h32

      Oi, Carina.
      O começo é por aí mesmo, com vinhos mais frutados. Está no caminho certo.
      Abs.

  6. 29 jul 2016 // 07h17

    Amei o post
    Eu gosto muito de vinhos
    bjs

    • Rodrigo
      29 jul 2016 // 15h33

      Oi, Zilandra.
      Que bom que gostou.
      Abs.

  7. Ana Paula Legey
    29 jul 2016 // 07h22

    Gosto muito dos seus posts Rodrigo, fui criada numa família apaixonada por vinhos e escolhi gastronomia como profissão… Enologia foi uma das minhas paixões na faculdade e no master, matéria fsscinante e complexa. Gosto muito como vc elabora os posts de maneira simples e eficiente. E já peguei umas dicas boas com vc… Principalmente sobre vinícolas aqui na América do Sul… Tenho uma dica pro seus post, na categoraia docinhos, não sou fã de vinhos doces, sou apaixonada por vinhos mais encorpados estava morando e fazendo meu master no Piedmont região do Barollo e Barbaresco ❤ mas tb a região da Moscatel…. Tinha um mega preconceito com essa uva pela experiência terrível q tive por aqui vom ela, sou fã de espumantes método clássico, mas o italiano tem um carinho muito grande pela moscato e provei vinhos frisantes especialmente a Moscato D’asti que sempre recomendo pra quem está começando e curte vinhos docinhos… Fora q pode acompanhar muito bem algumas sobremesas e como é frisante vai muito bem nesse calor infernal do Rio…

    Minha uva tinta favorita é a tempranillo e bebi muito dela quando estava na Espanha, desde q voltei tenho pesquidado pq li q a América do Sul está tendo sucesso com essa variedade, mas até agora não tive sorte, vc recomenda algum?

    • Rodrigo
      29 jul 2016 // 15h47

      Oi, Ana.
      Muito legal o seu relato, fico muito feliz que tenha gostado! A gastronomia também é uma das minhas paixões, ainda mais pelo fato de estar diretamente ligada ao universo do vinho. Sobre a Moscatel, há diversos vinhos da casta muito doces e enjoativos, por isso que muita gente, como nós, tem um certo preconceito com razão. Entretanto, quando a uva é bem trabalhada e mantém sua acidez natural, o resultado é um vinho puro e cheio de vida e frescor, além de ótimo digestivo. Também adoro a Tempranillo, principalmente da região de Rioja e Ribera del Duero. A Argentina tem produzido belos vinhos com a Tempranillo, o Zuccardi Q é um bom exemplo, pois tem os aromas clássicos da uva, com uma pegada e corpo característicos do novo mundo. Acho que vai gostar.
      Abs.

    • Ana Paula Legey
      29 jul 2016 // 18h29

      Pois é aqui a Moscato vem com uma roupagem muito feia, mal trabalhada, judiaram da uva, mas quando provei os da região de origem, tive q dar o braço a torcer… Não é meu estilo nem de longe, mas tem uma qualidade inegável… Muito obrigada pela dica! Tava querendo muito provar um tempranillo daqui do Sul… Certeza q viu gostar! Parabéns de novo pelos posts…

  8. Marinês
    29 jul 2016 // 08h01

    Adorei as dicas!!

    • Rodrigo
      29 jul 2016 // 15h47

      Valeu, Marinês.
      Abs!

  9. Yasminni Tomaz
    30 jul 2016 // 20h57

    Amei, Rodrigo, não entendo nada mas já quero provar um de cada pra diferencias. Abraços

  10. Rivero
    31 jul 2016 // 19h33

    Olá.
    Gostei muito! Ótima leitura!