Beleza  •  20 abr 2016

Quando foi que nossa vida se tornou isso?

Talvez esse post seja empírico, mas já que aqui é um local onde falamos de moda e desse adorável universo feminino, vamos conversar. Outro dia me peguei pensando em algumas coisas desse nosso mundo da beleza, logo, compartilho com vocês para estender o papo e sentimento geral.

Penso em desacelerar, não de trabalho, não de amor ou o que for, mas sim de coisas… quando foi que nossa vida virou isso? Se no Instagram tínhamos aquela sensação da vida perfeita, editada e filtrada, na geração Snapchat estamos vendo tudo misturado, jogado no liquidificador e o filtro é aquele >>> acelerado.

Outro dia acompanhei uma pessoa falando de, por baixo, uns 15 óleos pra passar no cabelo, sem exagero, tinha óleo pra problema capilar que sequer incomodava a olho nu. Outro dia vi um suco natural que parecia delicioso, ele levava, por baixo, uns 10 ingredientes que faltava papel no caderninho das compras. Que saudade de uma limonada minimalista ou um suco de laranja revigorante. É fato, o mundo está se transformando, talvez evoluindo, mas como viviam os nossos pais?

O que mais me intriga – e isso tem um pouco a ver com essa influência digital generalizada – é a profusão de procedimentos estéticos, alguns deles de fato transformadores, mas outros questionáveis. Gente tão linda, estaríamos nos tornando reféns da sociedade, da dica amiga e de cobranças sem precedentes? É muito difícil descobrir o limite, mas a linha tênue é clara.

Outro dia vi que existe um procedimento estético pra colorir a boca, isso mesmo, deixá-la como se fosse com um batom natural. Quando foi que deixaram de passar batom? E aqueles cílios milimetricamente implantados? Seria a falência do rimel? As máscaras caíram? Teve gente que teve alergia, tão bonita, não precisa nem de curvex. Eu já tive alergia séria de passar colírio pro branco do olho ficar mais branco, por quê?

Eu apóio todo e qualquer procedimento estético que faça a pessoa se sentir bem, de verdade, mas sinto que em alguns casos há o tal comportamento de manada. As pessoas não necessariamente precisam, elas se influenciam. Por que você tem que fazer o procedimento estético pra ter blush natural ou aquele olho de gatinho tatuado por 60 dias? Ok, essa parte eu inventei, mas não duvido nada que serão os novos lançamentos pra você wake up like this.

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As pessoas não tem mais tempo de passar batom? Um creminho? Minha primeira intervenção estética será nas minhas pálpebras, mas acho que vou esperá-las caírem um pouquinho, talvez amanhã. Dizem que quando começa, não pára mais e isso está apenas começando.

Na real, seria tudo de fato imposição da sociedade? É tudo culpa das Kardashians? O filtro do Snapchat não camufla o suficiente? Quando que banalizaram a agulha?  Estamos vivendo a era do imediatismo? Qual é a necessidade disso?

Eu apóio todo e qualquer procedimento estético vigente, mas apóio mais ainda o fato de você ser linda assim, simples assim. No final, vai dar tudo certo.

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Enfim, não sei o que pensar, mas honestamente tudo isso me intriga. Conversei com as meninas do nosso Facegrupo e li comentários incríveis que endossam todos os lados, mas, pricipalmente, que estamos vivendo uma geração que precisa colocar em pauta toda essa transformação, limites e imposições da sociedade. O que você pensa sobre isso?

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40 comentários em "Quando foi que nossa vida se tornou isso?"
  1. tamy
    20 abr 2016 // 14h26

    amei o texto, orgulho da melhor blogueira :dancers: :dancers: :dancers:

  2. dai
    20 abr 2016 // 14h27

    Essas loucuras estéticas sempre existiu estamos vivendo o tempo onde tudo é imediato o agora o já, muitas coisas ficaram banalizadas, as pessoas um pouco frívolas as opiniões contrárias não são toleradas e o bate boca nas redes sociais são intermináveis, o Fashionismo é o único blog que ainda me interessa os outros já perderam a graça, o mundo mudou isso é notável mas eu também mudei, mas sempre faço minhas escolhas mesmo sabendo que não vou ser aceita por pensar, viver ou falar diferente, adorei o texto The

  3. angélica
    20 abr 2016 // 14h31

    Texto incrivel, e tocou no ponto certo, o imediatismo que as pessoas tem. So imagino no futuro, como essas pessoas estarao,.

  4. 20 abr 2016 // 14h32

    Já falei mil vezes e vou repetir: THEREZA melhor pessoa!!! Fico admirada como vc vive há tanto tempo nesse mundo fashionista sem perder sua essência e sem se deixar levar por essas loucuras imediatistas!!! Arrasou no post…apenas PAREM pessoas!!!

  5. Bethania lima ruffo
    20 abr 2016 // 14h34

    Adorei a matéria, faz a gnt refletir bastante sobre o rumo que os procedimentos esteticos estao tomando.
    Acho q existem procedimentos q nao sao necessarios, somos lindas e maravilhosas para que tanta intervenção? Nos aceitar como somos é tudo!

  6. Mariana Dantas
    20 abr 2016 // 14h38

    Dei ctrlc + ctrlv no meu comentário do MG: Thereza parece assim que as pessoas tão buscando mil procedimento pra terem a “beleza natural”. Chega a ser engraçado, pq a pessoa faz implante de cílios, pigmentação de lábio, tem gente retirando a gordura da bochecha, pra ficarem belas ao “natural”. Bem contraditório tudo isso…

  7. Vania
    20 abr 2016 // 14h46

    A Dai tocou num ponto interessante, sempre existiram loucuras estéticas (óleo de avião pra bronzear, passar cabelo com ferro…), hoje em dia pelo menos temos mais facilidade de informação do que a geração passada teve. Mas pra procedimento novos não tem jeito, as cobaias não sabem o que pode acontecer no futuro! Acho ótimo esse post meio “sinal amarelo” que faz a gente refletir qual é a real necessidade de tudo isso!

  8. Ana Paula Legey
    20 abr 2016 // 15h04

    Loucuras estéticas realmente sempre existiram e se formos falar de beleza feminina podemos traçar paralelos desde a China imperial com seus macabros rituais para manter o pé pequeno, onde amarravam em bandagem apertadas os pés de meninas ainda crianças para q o pé parasse de crescer, com isso ele crescia deformado o ossos todos quebrados, mas pequenos o q era a moda da época… Até os rituais de corset de cortes europeias e por aí não paramos mais… Aí quando falamos em sociedade moderna, somos, infelizmente, uma das que mais coloca pressão nas mulheres para atingir a “tal” inexistente perfeição… O Brasil tem um dos mais altos níveis de intervenção estética no mundo!! Meninas começam com uma rinoplastia aqui um silicone aí e não param mais… O Rio então tem um dos maiores índices dentro do país o tal inatingível padrão da carioca… Temos q ser gostosas, lindas, perfeitas… Mas graças a deus estamos vivendo um despertar, estamos caminhando pra um libertamento acredito, não só de padrões impossíveis de beleza, mas de respeito as necessidades do outro… Temos aí uma coleção de Barbies representando diferentes corpos e tipos de beleza!! Esse pra mim é um reflexo de q a mudança está vindo interna de dentro de nós, pra nossas filhas, pras nossas amigas, pra tentar desconstruir gerações q estão por vir dessa necessidade doentia por perfeição… Quem nunca se arrependeu de plastica? Ou de alisar os fios com química ou de mexer no nariz e terminar tendo q mexer de novo e de novo… Estamos revendo tudo, e eu acho ótimo! Sempre odiei meu braço pq sempre foi de “biscoiteira” e não tem academia e dieta q mudem o formato dele, sempre quis fazer plástica até q comecei a pesquisar valores e vi q com o dinheiro podia colocar minha mochila nas costas e rodar vários países! Meu amor pela estrada me livrou da faca… Hj sinceramente não me incomoda mais, é minha parte favorita em mim? não é… Mas ok eu não preciso ser perfeita… Acho essas reflexões maravilhosas! E fico muito feliz em ve-las em um blog com o alcance q o seu tem.

    • Bruna
      20 abr 2016 // 15h27

      Que comentário maravilhoso! Amei a frase “meu amor pela estrada me livrou da faca” :facepunch: :clap:

  9. Amanda Borges
    20 abr 2016 // 15h11

    Como sempre, certeira, Thereza! As vezes fico pensando no quanto nos expomos a procedimentos desnecessários ou que pelo menos podiam ser atrasados, sem muitas vezes pensarmos nas consequências ruins que aquilo pode trazer caso ocorra algum erro. Precisamos sim repensar em como consumimos todos esses serviços e produtos!

  10. Chris
    20 abr 2016 // 15h53

    Por essas e outras te admiro.
    Abordou o tema de forma precisa e sem “cagar” regra :purple_heart: :heartpulse:
    Eu confesso que o dia que tiver money quero fazer alguns procedimentos simples mas tenho pavor de imediatismo e escravismo e de pararmos de nos reconhecer , de buscarmos tanto uma “beleza natural” e acabarmos todas com a mesma cara :cry:

  11. Fernanda
    20 abr 2016 // 16h42

    Gostei do texto, acho que são questionamentos muito pertinentes e importantes.
    Acho que estamos numa era de excessos, sim, e que pouca gente para para pensar no que tem consumido. Aliás, acho que esse é um dos maiores problemas hoje em dia, também, o consumo. Tudo virou consumível, tudo virou muito rápido, inclusive as relações humanas e o nosso próprio corpo, mas e o tempo do aproveitar? E o saborear? E a autovalorização e o respeito ao próximo? E a sustentabilidade de todo esse consumo desenfreado?
    Não acredito que a gente tenha que parar de procurar pelo que é bom, novo, mais eficiente, vá lá, mas é essa insatisfação constante que tem me chamado atenção.
    Beijos!

  12. Érica Diniz
    20 abr 2016 // 16h47

    Não tenho nem o que acrescentar… falou tudo, mais um ponto pra você, rs!

  13. Karen
    20 abr 2016 // 17h08

    A pressão que existe hje em dia é muito grande, principalmente para as mulheres, já me senti deslocada por não estar nos “padrões” de beleza, já vi me olharem torto, já ouvi piadinhas… Hoje em dia as pessoas só querem ver o que é PERFEITO. O que não se enquadra nisso parece que está “estragando” a paisagem.

  14. Carolina
    20 abr 2016 // 17h08

    Amei. Sou mt a favor dos procedimentos ao mesmo tempo que morro de medo de ser escrava deles. Às vezes aparece um novo e eu começo a reparar em coisas que eu nunca tinha percebido em mim. E eu acho que é muito fácil pesar a mão e sempre querer “melhorar” alguma coisa, tipo quando eu alisava o cabelo e assim q começava a perder o efeito e subir um frizz, já dava vontade de alisar de novo kkk o bom é ter alguém pra avisar qdo vc começar a exagerar e seu rosto começar a se perder de tanto procedimento

  15. Stephany Santana
    20 abr 2016 // 18h19

    Nunca fui fã de procedimentos estéticos, mas de um tempo pra cá notei que eu estava me deixando influenciar por tudo quanto era celebridade,digital influencer, site que indicava um produto “milagroso”. Tenho 20 anos e graças a Deus sempre tive a pele boa (sem espinhas, cravos, etc), meu cabelo nunca foi nem oleoso e nem seco, enfim, não precisava de mais que o “necessário” pra manter tudo isso. Mas mesmo assim, eu ficava com uma nóia de que eu precisava do produto “x” que mantém a pele sem brilho (que eu não tinha), o lip balm “y” que realçava a cor natural dos lábios (os meus já eram corados suficientes), ou o shampoo “z” que controlava a oleosidade (pra um cabelo tipo normal?)
    Enfim,comecei a perceber que meus armários e penteadeira estavam abarrotados de produtos que eu nunca tinha sequer usado justamente porque depois de comprar eu percebia que aquilo não era pra mim.
    Parei de comprar produtos desnecessários e passei a usar meu cabelo e pele mais natural, sem muito mimimi e notei que eu gostava de mim assim mesmo (cara lavada e cabelo molhado) porque bonito é ser simples.

    Pra resumir: adorei o texto e concordo com cada vírgula. Parabéns The! :)

    • Izabel
      28 abr 2016 // 10h09

      Que revolução é se amar né?!

  16. Tha
    20 abr 2016 // 19h38

    Thereza você é maravilhosa, a melhor blogueira :heart: AMEI o seu texto!! Ultimamente fico pensando se as pessoas lembram que se não forem bonitas por dentro, independente de todos os procedimentos que façam, nunca serão verdadeiramente bonitas por fora.

  17. Silvia
    20 abr 2016 // 22h21

    Mais um post do tipo a The conseguiu captar e escreber(!) justamente o que eu penso! Fora o efeito queria ser amiga dela! Parabéns!

  18. Michele
    21 abr 2016 // 02h25

    Mto bom texto estava hoje refletindo sobre isso. Também acho q proxedimento estetico faz quem quer… Mas tanta gente sendo influenciada a mudar oq esta bom… E time que esta ganhando vc mexe? Sei la, pelo prazer de dizer “eu fiz/eu usei/eu testei”, ou pelo prazer de postar e as amigas verem.. Ate onde vai isso, é mt dificil saber, e o que vejo é uma legiao de insatisfeitos se endividando cada veez mais… Não posso negar, morro de vontade mas graças a deus ganhar dinheiro não ta facil entao precisa avaliar bem como gastá-lo, ate acho que pensar assim me impede de fazer algumas merd*s. Sorry pelo palavrão, não achei outro adjetivo que definisse bem

  19. Ju Vasconcelos
    21 abr 2016 // 08h59

    A cada dia me convenço mais de que precisamos de menos.. menos lixo, menos roupas, menos sapatos, menos fotos etc. Somos bombardeadas com o creminho pra unha do dedo mindinho, o óleo necessário para hidratar o furo da nossa orelha e toda gama de procedimentos que custam os tubos. Não digo que não fico tentada e ficar fora disso pode fazer você se sentir fora, mas tenho refletido bastante a respeito.
    “Como assim? Vc não tem alongamento de cílios? Arrume uma brecha no seu orçamento, mas tenha, ou vc não viu que todas as garotas mais legais da sua timeline têm?”
    Não sou contra procedimentos estéticos, já fiz rinoplastia, tratamento a laser para olheiras e adoro um tratamento capilar, mas não quero ser escrava deles e precisar cada dia de mais e mais.
    Bjo The!

  20. Fernanda
    21 abr 2016 // 09h27

    Thereza, seu blog é meu preferido! É a primeira vez que comento porque achei o assunto (e a opinião) sensacional. Em tempos de defesa do empoderamento feminino e da (dita) aceitação de tamanhos diferentes do nosso corpo, a realidade é que a cobrança nunca foi tão grande, o padrão de beleza está cada vez mais inatingível. Antes precisávamos “apenas” ser magras, depois tivemos que ser magras e saradas. Agora, temos que ter pele de bebê, lábios fartos e rosados, sobrancelhas cheias, dentes com facetas, barriga negativa (tudo com procedimento estético), usar cinta para afinar a cintura, comer orgânico, passar mil cremes antes de dormir. A influência digital quase nunca é no sentido de se amar, se aceitar, de usar aquilo que é acessível para você. Se as blogueiras mais belas “precisam” de tantas intervenções, se exercitar 2-3x ao dia, que dirá nós! Tenho amigas com 20 e poucos anos aplicando botox. Aonde isso vai parar?

  21. Ana Luísa
    21 abr 2016 // 10h21

    Eu sou super a favor de procedimentos estéticos, desde que sejam para melhorar a auto-estima da pessoa. Lógico que tudo tem limite, não dá pra vc se transformar em alguém diferente, coisa que muito se vê. Meu namorado sempre diz que “modificações corporais viciam”. E eu concordo totalmente com ele!! Parece que quem começa uma, faz, duas, três, quatro……..Isso vale tanto para plásticas quanto para tatuagens, piercings, procedimentos estéticos, capilares enfim… É essa eterna busca pela perfeição que na verdade não existe… Sempre vai ter algo “faltando”. Eu tenho muita vontade de levantar os seios, e fazer botox na testa (tenho uma ruga que me incomoda horrores) e só tenho 27 anos… Mas isso eu quero por mim, pra ME SENTIR MELHOR, e não pq alguém impôs…. Acho que dessa maneira é que é válido, e não pra se enquadrar num “padrão”. Meu medo é fazeruma vez, e não ficar contente e querer fazer mais, e mais e mais….

  22. Barbara
    21 abr 2016 // 11h20

    Thereza, que post maravilhoso! Quando tu falou no grupo sobre esse assunto, eu comentei que tinha muitas críticas sobre ele, e tu falou pra comentar por aqui para enriquecer a discussão, então, vamos lá! Primeiro, acho que as pessoas devem mudar o que incomoda elas, e se for necessário procedimentos estéticos, não há problema nenhum nisso. No entanto, acho pertinentes certos questionamentos. Até que ponto realmente o que nos incomoda não é condicionado? Afinal, vivemos em uma sociedade patriarcal,que exige perfeição das mulheres (o que ao meu ver, existe para reforçar a obediência feminina, e a misoginia, principalmente se refletirmos que a maioria dos procedimentos estéticos são invasivos ou doloridos, desde uma simples depilação até plástica). E vivemos numa sociedade extremamente capitalista, e o capitalismo tem que estar sempre se reinventando e criando novas necessidades, e exemplos não faltam. Antes, tinha base, sombra, rímel e demaquilante. Hoje temos o famoso contorno, que faz com que precisemos comprar vários tons de base e po, temos implante de cílios, temos que ter vários tons de blush, (pq onde já se viu repetir), temos um demaquilante específico para olhos, outro para o rosto, vários tipos de cremes… Precisa disso tudo mesmo? Procedimentos estéticos é a mesma coisa. Foi-se o tempo de por silicone e fazer plástica num nariz realmente incômodo. Hoje vivemos a era da perfeição. Não pode ter estria, não pode ter o peito 1cm caído, não pode ter olheiras, não pode ter poucos labios, implante de bochecha, lipo no pescoço…. E agora, temos que acordar com os labios corados!! Percebem, gente? O machismo e o capitalismo andam de mãos dadas, o machismo, fazendo a sua função de exigir perfeição das mulheres, e o capitalismo, oferecendo mil produtos que não precisamos, e a cada dia novas intervenções estéticas… Acho que uma reflexão profunda é necessária: precisamos disso tudo? Não vamos continuar refens desse sistema horrível, vamos pelo menos, nos questionar sobre o que realmente precisamos!

  23. Isabella
    22 abr 2016 // 09h39

    Nossa… parece que você leu meus pensamentos, estava mesmo precisando ler, falar, discutir (no bom sentido) sobre esse assunto. Tantos procedimentos surgindo com o intuito de nos tornarmos “perfeita”, chega a ser cansativo, todo meio de comunicação querendo nos dizer o tempo todo que se não usarmos ou fizermos isso ou aquilo não seremos “aceitas”. Concordo com os comentários, de que precisamos fazer o que nos faz sentir bem, mas até que ponto? Será que isso também não é imposto? Será que se não fosse um assunto tão pertinente, ainda sim teríamos vontade de mudar? Até que ponto vamos chegar para alcançar um padrão de beleza “perfeito” que felizmente não existe?! Somos diferentes e belas da nossa maneira, não precisamos no fundo de nada disso, ta faltando é amor próprio isso sim! Amei o texto e você como sempre sendo a melhor pessoa nessa blogosfera! Beijos The!

  24. Bianca
    22 abr 2016 // 11h25

    Em relação a esse assunto eu super apoio o “se amar sendo você mesma” até porque vejo que as coisas estão se descontrolando um pouco! Eu mesma tive a oportunidade de “corrigir” uma parte do meu corpo e ainda bem que não fiz… Claro que ainda implico um pouco :grin: mas é meu sabe!? Nasceu comigo e vai morrer comigo… pra quê ficar mudando e me “corrigindo”?!? Como se fosse alguma falha eu ter nascido com essa parte do corpo diferente da de outras pessoas… É justamente isso o que te define: ser diferente de outros!!!

    As vezes eu vejo coisas em filme de podem fazer sentido quando trazidos pra nossa realidade, como por exemplo a Capital de Panem em Jogos Vorazes! Todos super produzidos, e super arrumados, e super felizes e super sorrisos e super tudo… Quando numa festa as pessoas vomitam comida pra poder comer mais! Cara… A quantidade de coisa que se é feita hoje em dia em prol do aceitamento alheio é absurda!

    Mas enfim… Ninguém nunca está satisfeito com o que tem né! Então, é o que tem pra hoje rs
    Take it or leave it :facepunch:

    Beijo beijo

  25. Ana
    22 abr 2016 // 11h31

    Thereza, com certeza, de todos os blogs de moda que sigo o seu é o favorito! Não é a futilidade de absurdos pela beleza em busca de ser uma mulher perfeita. É se conhecer, se aceitar e se amar! É uma lição de empoderamento e de quebra com todos aqueles padrões impostos pela mídia e a sociedade. É LINDO! Você é maravilhosa, amo seu blog.

  26. Meg
    22 abr 2016 // 11h44

    Ótimo texto e reflexão! O Fashionismo é um dos blogs que mais gosto e acompanho há mtos anos. Como vc citou as Kardashians, é por isso que não gosto e não dou ibope pra elas, pq vejo a enorme influência delas como algo extremamente negativo. A Kim sempre foi linda e se encheu de plásticas desnecessárias até ficar com a cara esquisita, a Kylie super novinha já parece uma mulher de 30 toda embonecada e fake, sem contar aquela cinta delas. Não gosto de cultuar isso, aaaamo o blog, mas sempre pulo os posts sobre as kardashians haha Bjs!

  27. Barbara
    22 abr 2016 // 14h46

    No final do seu texto com a seguinte frase “mas, principalmente, que estamos vivendo uma geração que precisa colocar em pauta toda essa transformação, limites e imposições da sociedade.”, tudo o que eu pensei foi: MAS, não somos nós mesmas que compomos a sociedade?
    Fica ai a reflexão :)

  28. Beatriz Mello
    22 abr 2016 // 14h52

    Adoreeei esse post. Arrasou The.
    E não é só com procedimentos estéticos. Acho que com alimentação tbm,isso me deixa um pouco louca. Sou nutricionista e os pcts já chegam no consultório querendo tirar isso,acrescentar aquilo pq viu fulano e cicrano dizendo que era bom. Fulano e cicrano que até onde eu sei não sao formando em nutrição,tem especialização nisso e por aí vai. Eu não sigo mt gente no snap,mas a maioria é mostrando que é fit,que come pouco. Aí todo mundo acha que tem que tirar o gluten, a lactose, o leite mas esquecem que nossos pais,nossos avós todos consumiam isso e estão vivos. O mundo tá ficando muito doido. Fico vendo esse negocio do alongamento de cílios,tem uma famosa que eu adoro e fez,todo vez que vejo os snaps dela me dá uma agonia aqueles cilios que faltam bater na tela no celular…kkkkk. Hj em dia se vc não segue ou pelo menos nao sabe do novo procedimento estético,do novo suco detox que é top,é como se vc vivesse em um mundo paralelo?
    É como vc disse..qnd a pessoa deixou de ter tempo de passar um batom? um rímel? deixou de ter tempo de comer no almoço a salada,no lanche uma fruta,e prefere bater logo tudo de uma vez pq é mais prático?

  29. Carla
    22 abr 2016 // 15h38

    Que texto incrível!!!!

  30. Isabel
    24 abr 2016 // 18h17

    sabe o que me intrigou esses dias?
    Um blogueira que sigo no snap estava indo fazer a sobrancelha e disse: não vou mostrar muito perto, pera, deixa eu por um filtro, pra vocês não verem como esta!

    Desde de quando não podemos deixar a sobrancelha crescer?
    Se não quer mostrar, é só não filmar…
    Aí pensei: agora lascou tudo!
    Até as sobrancelhas precisam estar milimetricamente perfeitas!
    Na vida real não tem filtro!
    Ah é! Eu acho que não tem mais a tal da vida real!

    É tudo tão perfeito!
    Eu tô aqui com uma espinhasde tpm e penso: se eu fosse famosa ia ter q me internar!
    Oras, quem tem espinha nesse mundo????

    É tudo muito cansativo!
    :(

    Vc tem razão em td que vc disse!!!

  31. 26 abr 2016 // 14h39

    Nossa Thereza, como de costume você é certeira no questionamento. Também me pergunto onde tudo isso vai parar?
    Precisamos buscar mais o equilíbrio, nem de mais e nem de menos, afinal, se a tecnologia nos permite toda essa inovação, pq não aproveitar, não é mesmo? Mas a chave da questão é sempre essa: equilíbrio.

  32. Nathália Leão
    26 abr 2016 // 17h35

    Texto maravilhoso! ♥

  33. Izabel Soraia
    28 abr 2016 // 10h02

    Quando uma blogueira que gosto bastante por sinal, fez e comentou sobre o implante de cílios eu fui lá e comentei o mais educadamente que pude o quanto achava que estávamos pirando na batatinha.
    Gente a que ponto chegamos?! ficamos com uma lupa gigante vasculhando cada coisinha em nós para “corrigirmos” e “aperfeiçoarmos”, meu Deus, não somos bonecas. E essa corrida vai puxando umas as outras, pois acaba virando meio que “obrigação”. Enfim eu tenho uma certa forma de agir, eu não fico reparando D+ em mim, nas pequenas coisas, eu busco sempre manter o controle mental sobre essas exigências, ou seja, se percebo que to quaaase encanando com alguma coisa eu me forço a abstrair, exemplo, não fico reparando em olheira, e não uso corretivo, justamente para não ter choque de usar e depois quando não usar parecer que tenho olheiras imensas, só uso em mega festas mesmo. Não fico super reparando nos meus cílios, foco no conjunto da obra sabe?!, não sei bem explicar kkk.
    Isso não significa que eu sou evoluída gente, eu me forço, me educo, mas mesmo assim, é claaaro que sou influenciada, que sofro com algumas coisas também.
    Depois de ver várias vezes a propaganda de uma marca sobre um desodorante que clareia axila, na propaganda uma mulher inspeciona a axila da outra com uma lupa, minha mãe ficou horrorizada e falou, é isso então? Até a axila a gente agora vai ficar reparando, e como uma LUPA?, realmente é para deixar qualquer uma neurótica.
    Agora pausa para observação, sei que tem gente que tem muuuita olheira, manchas graves, que tem axila super escura, e apoio todo mundo buscar sua melhora, mas a maioria esmagadora vê pelo em ovo e fica maluca, e até quem tem um “problema” sério com qualquer dessas coisas não deve aceitar que sua vida e sua aparência sejam determinadas por isto.

  34. Camila
    29 abr 2016 // 14h31

    Ando pensando nisso também, a gente pensa “nossa todos esses photoshops nas fotos essas plasticas, as meninas mais jovens e adolescentes que ainda estão formando opinião e gostos vão ser influenciadas”, mas não percebemos que tambem somos afetas o “falso perfeito” começa a parecer ser o natural, ainda mais com as mídias digitais, afinal é uma foto das ferias da pessoa e não da capa de uma revista. Outro dia me deparei com uma famosa que colocou a mesma foto dela com e sem photoshop na barriga (e ela já era magra), mas a com photoshop me pareceu mas bonita, mas magra, mas natural, foi quando percebi e me assustei como nossa imagem de natural esta destorcida.

  35. Fiorito
    02 jun 2017 // 11h25

    Muito bem pontuado. Acho que a parda do balanceamento nunca foi tão evidente.

  36. 02 jun 2017 // 11h30

    Tereza, amei o texto e muitas vezes tenho que parar para pensar “ei, você realmente precisa disso, que diferença faz?” Acho que a tecnologia fez a gente ter mais acesso ao que acontece com o outro e isso torna o meio digital o meio mais propício para divulgarmos e divulgarem loucuras. Mas se você pensar na história da humanidade, a gente sempre foi louco kkkk, as mulheres já usaram aquelas cintas doidas para ficar com a cintura fina e peito grande, e hoje a gente continua na luta por isso. Eu não entendo muitas loucuras, mas sou doida para pintar a boca de cor natural mas saudável ahahahahah

  37. 02 jun 2017 // 11h56

    Mais arroz com feijão ❤

  38. Julie Oliveira
    02 jun 2017 // 13h37

    The, estou sempre por aqui mas dificilmente comento. Hoje gostaria de abrir essa exceção e comentar que amei seu texto. É de uma clareza ímpar e sem cagar nenhuma regra. Sim, eu acho que a indústria da beleza/perfeição hoje em dia ta um pouco sem limites. Eu acho que se tem algo que te incomoda e vc acha que vai viver melhor se mudar, mude. Mas quando o que te incomoda é “tudo” no ponto de vc ter lábios coloridos à agulha, ou sei lá, ter um ritual capilar de 2h todo dia antes de dormir, tem alguma coisa errada com seu ponto de vista. Vaidade é bom pra auto estima, mas assim como todo excesso tende a ser prejudicial. Imagina quanta coisa de deixa de viver pq “caíram 5 cílios, não posso sair assim”. Precisamos achar esse tão falado limite entre o cuidado e o exagero, e achei incrível vc abordar isso, pois vc tem leitoras de todas as idades, condições e de vários lugares, você colocou de um jeito que atinge todas nós com muito carinho e preocupação. Amei! :)