De volta com o Ronda de Segunda em pleno feriado de Dia de São Sebastião, salve Ele! Separei alguns highlights do final de semana e lembrando que está acontecendo em Paris a semana de moda de alta costura, então volto a qualquer momentos com posts sobre o assuntos, especialmente sobre nosso <3 Elie Saab, enquanto isso….
Raf Simons apresentou a nova coleção couture de Christian Dior e podemos dizer que ele não acerta uma. Mais uma vez looks que não lembram os áureos tempos de ousadia, drama e inovação da marca e sim peças que não favorecem a silhueta feminino, pelo contrário, assustam demais! E sobrou pra quem?
Lógico, Jennifer Lawrence! A musa parece que terá mais uma longa e tenebrosa temporada ao lado da marca, pelo menos a contar pelos looks acima. Mas recentemente ela contou que seu look para o Oscar será um Dior vintage, ou seja, temos esperanças!
Naked 1, 2, 3? Dêem espaço para pallete NARSissist da Nars! A Marca que eu tanto amo, acabou de criar uma palette com 15 cores poderosa e o resultado já é desejo absoluto! Ela foi lançada semana passada somente no site oficial e ficou soldout em questão de horas. Mas à partir do dia 01 ela será comercializada nas lojas e a projeção é que o frenesi seja o mesmo, afinal, sempre precisamos de mais umas dúzias de sombra! Aqui dá pra ver o review e swatches da Temptalia.
Revistas de fofocas? Livros de celebs! Ano passado foi Jessica Alba e só nesse ano Drew Barrymore e Cameron Diaz – diga-se de passagem, bff’s – lançaram livros sobre assuntos variados, Drew em seu “Find it in Everything” faz papel de fotógrafa em um livro só de fotos com objetos em forma de coração, que ela ama e registrou nos últimos 10 anos. O look, é claro, blusa de coração da Burberry.
Já Cameron Diaz lançou o “The Body Book: The Law of Hunger, the Science of Strength, and Other Ways to Love Your Amazing Body” onde ela compartilha dicas e seu mantra por uma vida mais saudável, alegre e positiva. É um guia para seguir o Cameron way of life! No lançamento do livro, Cameron foi notícia mais por assumir seus fios brancos do que pelo livro em si! Ambos estão à venda na Amazon, que entrega no Brasil (em 10 ou 100 dias).
Miley Cyrus começa sua turnê no próximo dia 12 e a contar pelo figurino, será algo poderoso! Miley chamou não só um, como cinco estilistas para desenhar seus looks: Marc Jacobs, Jeremy Scott, The Blonds, peças vintages de Bob Mackie e Roberto Cavalli, que recentemente compartilhou alguns esboços. Sem dúvida que teremos muita ousadia e pouco pano!
Semana passada foi all eyes on Lena Dunham! Enquanto seu seriado voltava para a 3a temporada, ela descolava uma super capa de Vogue e, logicamente, junto a isso, MUITAS especulações sobre photoshops e edições.
Daí que o site Jezebel ofereceu U$10.000 para quem mostrasse as fotos originais e, dito e feito, horas depois as fotos foram compartilhadas com algumas doses de photoshop. Mas confesso que achei que poderia ser pior, mexeu-se na luz e detalhes que fariam com qualquer uma, aliás, já vimos retoques bem maiores – ou mais grosseiros. Quem quiser ver os cliques reais, clique aqui :)
Beijos e boa semana :*
Desejei essa paletinha hein? Cores maravilhosas! E achei esses looks da Miley que foram divulgados até comportadinhos pros padrões dos últimos tempos kkkkk
http://www.papocomamigas.wordpress.com
Dior já está me fazendo ter pesadelos, se você quer saber!!!
Dior me chama pra desenhar pra você kirido!!
Esse primeiro look da Miley é só vestir e vir pro carnaval do Rio de Janeiro!
quando vi as fotos do desfile da Dior, a primeira coisa que me veio à cabeça foi: coitada da J Law HAHAHAHAHAHAHAHA
The, olha esse review da paleta da NARS: http://www.youtube.com/watch?v=39Hzp1RD3Q8
Super desanimei :(
O figurino da Miley esta bem interessante… Já o photoshop da Lena não foi nada exagerado, gostei bastante dos destaques da foto.
AMOOOO a Ronda de Segunda!!!
Thereza,
Tudo bom?
Escrevi esse texto de bobeira, mas resolvi te mandar, por que imaginei que você fosse compartilhar da opinião, sei lá.
OBS: Tenho um IG de roupas sociais, caso interesse (@fashionfirm).
Galliano errou em suas proclamações; a Dior acertou a retirá-lo da direção da marca. A Dior colocouBill Gaytten provisoriamente para coordenar a marca e depois de duas coleções selecionouRafSimonspara ocupar o posto da grife fundada em 1946 por Christian.
Em situação de pós Segunda Guerra Mundial, Christian Dior lançou sua primeira coleção na primavera de 1947. Surgia assim o chamado “New Look”. Tal conceito, num momento pós guerra, onde alguns luxos foram deixados para trás até mesmo pelos mais ricos – por exemplo a redução na quantidade dos tecidos, dado o aumento do preço destes – era realmente novo. Roupas elegantes que marcavam a silhueta da mulher, saias grandes e que simplesmente ressaltavam a cintura fina da mulher e as deixavam elegantes e ao mesmo tempo sensuais. A austeridade do momento da guerra se encerrava com Christian Dior e o verdadeiro haute coture.
Bill Gaytten teve seu primeiro desfile amassado pela crítica especializada – eu particularmente achei que estava mais para um Karl Largfeld se divertindo na Chanel e imaginei que se fosse com este estaríamos vendo críticas maravilhosas e uma decoração um tanto doce no Grand Palais. Já seu segundo desfile com evidente inspiração em bailarinas foi mais bem recebido. Um desfile com cores sóbrias e bastante fluidez. Uma mulher elegante e sexy aparecia, e na minha cabeça Christian aplaudia a sucessão, ainda que achasse que faltava um pouco de ostentação (afinal, por que não usar mais camadas de tules?).
Veio então a decisão: Bill sairia para a entrada do novato belga RafSimons.
Seu primeiro desfile foi uma bela – e clara – homenagem ao fundador da Maison. Peças clássicas revisitadas foram elogiadas, mas não tanto quanto as paredes do desfile. Seus desfiles seguintes foram começando a incorporar um estilo mais próprio, geralmente mantendo a base de Christian, até que Jennifer Lawrence (a atriz mais querida do mundo no momento) se torna garota propaganda da Dior.
Não sei o que aconteceu no meio de um caminho que poderia dar certo, mas Raf descontruiu a sua base, e acabou com a feminilidade da forma de suas roupas. Após a cerimônia do Oscar com a queda mais bonita de todos os tempos (com um vestido da coleção de primavera/verão de 2013), J.Law passou a vestir tudo o que a grife tinha à oferecer de pior. E olha, foram muitas coisas.
Caso apenas um ou dois escorregões ocorressem, tudo bem, ignoraríamos os deslizes, mas ao se tornar algo recorrente, vemos que há algo errado. As roupas estão sem forma, os comprimentos esquisitos e os caimentos horríveis. Raf parece precisar novamente se enfiar nos arquivos da Maison para reaprender o que significa haute couture (que, justiça seja feita, não é a especialidade dele). Mas o pior para mim foram duas declarações feitas pelo estilista que reunidas partem o meu coração apaixonado por moda, mas que trabalha com direito. A “não me elogiem, comprem roupas” unidas ao “eu sei que em 5 ou 6 anos eles (Dior) estarão me tirando daqui, é o ciclo, é assim que tem que ser”.
Eu compreendo os pontos levantados, sim uma marca tem que vender, e sim renovação pode ser algo positivo, mas me angustia a falta de apego, a falta de amor à marca e ao trabalho que ele faz. Acho que é como para os homens quando um jogador de futebol troca de time toda hora, ou para nós brasileiros quando observamos políticos pulando de um Partido para outro sem se preocupar com seus ideais.
Me elogiem sim, falem que o meu trabalho está bem feito! Falem que a coleção está maravilhosa, transformem tudo o que eu coloquei na passarela em item de desejo por que é belo, e fazer o belo é o meu trabalho. Que eu fique aqui o tempo que ficar, mas que eu não seja totalmente descartável e que eu consiga fazer com que este ciclo seja mais longo.
Agora, com a última coleção apresentada, a impressão que passa é de que Raf quer que este ciclo termine o quão antes possível, pois ao invés da mulher elegante e sensual de Christian ele apresenta um desfile amorfo, onde nada cairá bem em ninguém. Os cortes não favorecem, a modelagem e o comprimento também não. Simons confirma a minha teoria de que certos homens que não poderiam desenhar roupas para mulheres, por que eles às invejam; invejam suas curvas; invejam seu andar; invejam o vestido fluido ventando e delineando o corpo; invejam que elas tenham conseguido ultrapassar diversos obstáculos e ainda assim serem maravilhosas; ele não às valoriza, mas às transforma em retângulos.
A Dior poderia acertar novamente, se fechasse o ciclo de Simons.